Sagrada Família

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quarta-feira, 26 de maio de 2010

SACRAMENTO

A palavra SACRAMENTO significa SINAL, portanto, podemos afirmar que os sacramentos são os sinais do amor de Deus pela humanidade.

São sete os sacramentos: Batismo; Confirmação; Reconciliação; Eucaristia; Unção dos Enfermos; Ordem; e Matrimônio.

Quando amamos alguém, queremos sempre demonstrar esse amor. Uma de nossas demonstrações mais comuns, são os presentes; mas esse presente em si não é o amor que você sente por essa pessoa, é apenas um SINAL para mostrar que essa pessoa é especial.

Apenas por nos criar a sua imagem e semelhança, já sabemos que somos especiais para Deus, portanto, podemos dizer que Deus verdadeiramente nos ama.

Quando Deus criou o Homem e a Mulher, os colocou no melhor lugar possível, o PARAISO, e deu-lhes algumas orientações.

A serpente era o mais astuto de todos os animais do campo que Javé Deus havia feito. Ela disse para a mulher: “É verdade que Deus disse que vocês não devem comer de nenhuma árvore do jardim?” A mulher respondeu para a serpente: “Nós podemos comer dos frutos das árvores do jardim. Mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, Deus disse: ‘Vocês não comerão dele, nem o tocarão, do contrário vocês vão morrer’”. (Gn 3, 1-3)

Por ter nos dado desde o princípio o livre arbítrio, o homem por teimosia e livre escolha pecou (Gn 3, 6-7), afastando-se assim de Deus. Mas esse afastamento não quer dizer que Deus Pai abandonou aquele que outrora criara a sua imagem e semelhança. Por isso Ele faz uma promessa a Abraão, chamando o homem de volta a amizade com ele.

Javé disse a Abrão: “Saia da sua terra, do meio de seus parentes e da casa de seu pai, e vá para a terra que eu lhe mostrarei. Eu farei de você um grande povo, e o abençoarei; tornarei famoso o seu nome, de modo que se torne uma benção. Abençoarei os que você abençoarem e amaldiçoarei aqueles que o amaldiçoarem. Em você todas as famílias da terra serão abençoadas”. Abrão partiu conforme lhe dissera Javé. [...] Abrão Tinha setenta e cinco anos. (Gn 12, 1-4)

Mas o homem é muito teimoso, hoje é fiel, amanhã não. Porem Deus continua sempre fiel a essa promessa feita com toda a humanidade, Deus é um verdadeiro apaixonado por aquele que criou com tanto amor. Por isso, Ele não se cansa de criar modos para que o homem se reaproxime Dele. Ao longo de nossa historia, vimos que Deus envia ao povo escolhido Juízes, Reis, Profetas, a fim de que voltemos à amizade com Ele.

E o grande SINAL de Deus se realizou em Jesus. Deus não se contentou em enviar apenas Profetas, quis ele mesmo vir ao encontro com o homem, a fim de ensiná-lo a amar, viver e saborear a amizade e o amor que Ele tem por nós. Por isso, podemos afirmar que Jesus é o grande SACRAMENTO DO PAI.

Cristo, obediente à vontade do Pai, entregou-se à morte por nós (Fl 2, 8). Mas antes de voltar para junto do Pai, Jesus encarrega os apóstolos a continuarem sua missão.

Então Jesus se aproximou, e falou: Toda a autoridade foi dada a mim no céu e sobre a terra. Portanto, vão e façam com que todos os povos se tornem meus discípulos, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo, e ensinando-os a observar tudo o que ordenei a vocês. Eis que eu estarei com vocês todos os dias, até o fim do mundo. (Mt 28, 18-20)

Portanto, a Igreja continuando a missão que Cristo confiou aos apóstolos, é SINAL da presença de Cristo no meio dos homens, “Eis que estarei com vocês todos os dias, até o fim do mundo”.

Então podemos afirmar que Cristo está presente na igreja através dos Sacramentos, mediante os SINAIS do seu amor (Ef 5, 25).

Mas temos que ter sempre em mente que os SACRAMENTOS não são só sinais do amor de Deus. Eles são o próprio DEUS, presente nesses sinais.

A seguir, Jesus tomou o pão, agradeceu a Deus, o partiu e distribuiu a eles, dizendo: “isto é o meu corpo, que é dado por vocês. Façam isso em memória de mim”. Depois da ceia, Jesus fez o mesmo com o cálice, dizendo: “Este cálice é a nova aliança do meu sangue, que é derramado por vocês.” (Lc 22, 19-20)

BORTOLINI, José. Os Sacramentos em Sua Vida. 15. Ed. São Paulo: Paulus, 1981. p.7-9.