Sagrada Família

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terça-feira, 31 de agosto de 2010

CONFIRMAÇÃO: 1ª Parte

Antes de iniciarmos nossa conversa a confirmação, precisamos saber que, quando “O” crisma, no verbo masculino, estamos falando sobre o óleo consagrado pelo Bispo na quinta-feira santa. Quando falamos sobre crisma no verbo feminino, estamos falando sobre a confirmação.

Muitos pensam que a confirmação seja um simples “assumir conscientemente o batismo”.

Todo sacramento é um sinal que recorda um acontecimento de Cristo-Salvador, e a confirmação é o sacramento que torna visível o DOM do Espírito. Neste sacramento, o Espírito Santos é comunicado ao fiel, como DOM DIVINO para nosso crescimento espiritual.

Portanto, o confirmado deve ser alguém que amadureceu espiritualmente, é aquele que deixa o Espírito agir em sua vida.

Depois de ser batizado, Jesus logo saiu da água. Então o céu se abriu, e Jesus viu o Espírito de Deus, descendo como pomba e pousando sobre ele. (Mt 3, 16)

Jesus afirma que Deus Pai nos enviará em seu nome o Espírito Santo, e assim, teremos o discernimento e nos recordaremos de tudo o que ele nos ensinou e disse. (Jo 14, 26)

Portanto, podemos dizer que o Espírito Santo é um presente que o Pai nos da à pedido de Jesus. “Eu pedirei ao Pai e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre”. (Jo 14, 16)

É melhor para vós que eu parta, pois, se eu não for, o Consolador não virá a vós. Quando eu for, eu o enviarei a vós. (Jo 16, 7)
Depois da ascensão do Senhor, o Espírito desceu sobre os apóstolos reunidos em Jerusalém (Pentecostes) (At 2, 1-11), e assim então eles assumiram a missão (Lc 4, 18-19) de Cristo.

Os Apóstolos partiram em missão e com o gesto de colocar as mãos sobre a cabeça de alguém, comunicavam-lhes o Espírito Santo. (At 8, 15-17)

[...] Paulo atravessou as regiões mais altas e chegou a Éfeso. Encontrou aí alguns discípulos, e perguntou-lhes: “quando vocês abraçaram a fé receberam o Espírito Santo?” Eles responderam: “nós nem sequer ouvimos falar que existe um Espírito Santo.” Paulo perguntou: “que batismo vocês receberam?” Eles responderam: “o batismo de João.” Então Paulo explicou: “João batizava como sinal de arrependimento e pedia que o povo acreditasse naquele que devia vir depois dele, isto é, em Jesus.” Ao ouvir isso, eles se fizeram batizar em nome do Senhor Jesus. Logo que Paulo lhes impôs as mãos, o Espírito Santo desceu sobre eles [...] (At 19, 1-6)

A confirmação é o sacramento da maturidade espiritual do homem e da mulher. Por isso, é preciso que ele esteja consciente daquilo que vai receber e disposto a se comprometer.

Todo sacramento traz sempre conseqüências e obrigações comunitárias, aquele que recebe o Espírito Santo como DOM, também assume o compromisso de fazer a vontade de Deus até as últimas conseqüências, assim como Cristo.

Os pais tem por dever iniciá-los no caminho de Deus, com o seu exemplo de vida e maturidade espiritual. Deve ser em nossos lares o primeiro catecismo de nossa vida, pois lá é o primeiro lugar que o Espírito quer se manifestar.

Sendo assim o confirmando uma pessoa madura na fé, o padrinho/madrinha não tem uma obrigação tão forte como os padrinhos/madrinhas do batismo. Neste caso, o padrinho/madrinha exerce o papel de testemunha religiosa, em outras palavras, é aquele que apresenta o candidato à comunidade, garantindo que o confirmando é capaz de assumir a vida no Espírito Santo, e viver para Deus.

Simão viu que o Espírito que o Espírito Santo era comunicado através da imposição das mãos. Então ofereceu dinheiro a Pedro e João, dizendo: “dêem para mim também esse poder, a fim de que recebe o Espírito todo aquele sobre o qual eu impuser as mãos.” Mas Pedro respondeu: “pereça você junto com o seu dinheiro, pois você pensou que podia comprar com dinheiro aquilo que é Dom de Deus. De nenhum modo você pode participar dessa realidade espiritual, porque a sua consciência não é correta diante de Deus. Arrependa-se dessa maldade e suplique que o Senhor perdoe essa má intenção que você teve, pois vejo que você está envolvido pela injustiça [...]” (At 8, 18-24)

BORTOLINI, José. Os Sacramentos em Sua Vida. 15. Ed. São Paulo: Paulus, 1981. p.43-49.

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