Sagrada Família

Sagrada Família

terça-feira, 1 de junho de 2010

BATISMO: 1ª Parte

O Batismo é o primeiro dos sacramentos. Junto com a Confirmação e a Eucaristia, formam os chamados SACRAMENTOS DA INICIAÇÃO CRISTÃ.

O Batismo abre o grande diálogo amoroso de Deus com os Homens. Aquele que é batizado responde sim a Deus, comprometendo-se com o bem, a verdade e a justiça.
É através do batismo que nos tornamos FILHOS DE DEUS, porque nele morremos para o pecado, a fim de vivermos a vida nova trazida por Cristo.

[...] Uma vez que já morremos para o pecado, como poderíamos ainda viver no pecado? Ou vocês não sabem que todos nós, que fomos batizados em Jesus Cristo, fomos batizados na sua morte? [...] Assim também vocês considerem-se mortos para o pecado e vivos para Deus, em Jesus Cristo. (Rm 6, 1-11)

Portanto, o batismo é o sacramento que apaga em nós o pecado original e suas conseqüências.

Jesus, ao ser batizado por João Batista no rio Jordão, institui o batismo para todos os que desejam ser cristão.

Por isso, todo homem que deseja se salvar, deve crer e ser batizado (Mc 16,16), pois antes de subir ao céu, Jesus deu aos apóstolos a ordem de batizar.

Portanto, vão e façam com que todos os povos se tornem meus discípulos, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santos, e ensinando-os a observar tudo o que ordenei a vocês. (Mt 28, 19-20)

Todo aquele que é batizado tem a obrigação de ser fiel ao compromisso de amor entre ele e o Criador. Deve viver como filho de Deus e irmão dos homens.

Ao sermos batizados, recebemos o mesmo Espírito que pousou sobre Jesus no rio Jordão.

Depois de ser batizado, Jesus logo saiu da água. Então o céu se abriu, e Jesus viu o Espírito de Deus, descendo como pomba e pousando sobre ele. E do céu veio uma voz, dizendo: “Esse é o meu filho amado (Jo 4, 34), que muito me agrada”. (Mt 3, 16-17)

Após ser batizado, Jesus é levado ao deserto, a fim de ser tentado pelo Diabo (Mt 4,1-11).

[...] Jesus jejuou durante quarenta dias e quarenta noites, e depois sentiu fome. Então o tentador se aproximou e disse a Jesus [...]

Quando Deus criou o homem, colocou-o num jardim, lugar de paz e de intimidade com Deus (Gn 2, 8-18). Mas o homem, com o pecado (Gn 3, 6-24), se afastou de Deus e foi expulsou do Paraíso, passando a viver dificuldades, e assim, a terra se tornou um verdadeiro deserto.

A terra produzirá para você espinhos e ervas daninhas (são espécies silvestres e animais que não servem como alimento.), e você comerá a erva do campo. Você comerá seu pão com o suor do seu rosto, até que volta para a terra, pois dela foi tirado. Você é pó e ao pó voltará. (Gn 3, 18-19)

O homem desde quando vivia no paraíso foi fraco/covarde (Gn 3, 6-7), porém, Jesus vai para o deserto, a fim de mostrar ao homem como deve fazer para ser vitorioso. Cristo sofre três tipos de tentação: posse, prazer e poder, que resumem todos os tipos de tentações.

Através de Jesus o deserto se tornou um lugar de purificação, de oração e de encontro com Deus. Mas também um lugar de provações, de dificuldades, pois foi no deserto que o povo de Israel duvidou da presença de Deus no meio deles.

Mas o povo perdeu a coragem no caminho, e começou a murmurar contra Deus e contra Moisés: “Por que, diziam eles, nos tirastes do Egito, para morrermos no deserto onde não há pão nem água? Estamos enfastiados deste miserável alimento.” Então o Senhor enviou contra o povo serpentes ardentes, que morderam e mataram muitos. O povo veio a Moisés e disse-lhe: “Pecamos, murmurando contra o Senhor e contra ti. Roga ao Senhor que afaste de nós essas serpentes.” Moisés intercedeu pelo povo, e o Senhor disse a Moisés: “Faze para ti uma serpente ardente e mete-a sobre um poste. Todo o que for mordido, olhando para ela, será salvo.” Moisés fez, pois, uma serpente de bronze, e fixou-a sobre um poste. Se alguém era mordido por uma serpente e olhava para a serpente de bronze, conservava a vida. (Nm 21, 5-9)

Portanto, todos nós depois do batismo, somos conduzidos ao deserto da vida, basta que olhemos ao nosso redor.

Mas todo aquele que recebeu o batismo, deve assim como Jesus, vencer todas as tentações que aparecerem em sua vida, pois se participamos do mesmo batismo de Jesus, também somos os filhos queridos de Deus.

Então, viver o batismo é vencer (Dn 13, 1-9.15-17.19-30.33-62) todas as tentações, é transformar o deserto de nossa vida, num paraíso.

Por isso, quando as tentações do deserto forem fortes em nossa vida, não devemos ter medo de clamar como o cego de Jericó (Mc 10, 46-52) “Jesus, Filho de Davi, tem piedade de mim”.


BORTOLINI, José. Os Sacramentos em Sua Vida. 15. Ed. São Paulo: Paulus, 1981. p.11-21.

Nenhum comentário:

Postar um comentário